UniGea - Planta Técnica



O Sistema UNIGEA (Unidade Geradora de Energia e Alimentos) é a implantação de uma MICROUSINA de baixo custo e de alto valor agregado para que microdestilarias e pequenos alambiques produzam além da cachaça, álcool combustível, açúcar mascavo, a rapadura, o melado, o adubo orgânico, biodefensivos, sementes e mudas para agroreflorestamento, gerando alimentos, energia e alimentação do gado, sem poluição e nem degradação do meio ambiente.

A operação de todo o sistema é muito simples, podendo ser efetuada por qualquer trabalhador rural, após simples treinamento.

Somente no Brasil, mais de 80% da produção de automóveis já podem ser abastecidos com álcool e gasolina, o mercado esta em plena expansão e deve se manter assim por muito tempo. Muitos países estão se rendendo ao álcool como o melhor e mais limpo combustível automotivo em substituição a gasolina.

O Brasil tem a melhor tecnologia do mundo em plantio de cana, produção de álcool e distribuição deste combustível. Com este projeto esta tecnologia e seus benefícios também chegariam ao pequeno produtor rural.

Também vale ressaltar que o álcool é uma energia limpa e renovável, além de substituir o petróleo em todos os seus produtos (alcoolquímica), pertence a cadeia de energia proveniente da biomassa, o que aumenta o interesse de muitos países em produzi-lo ou importá-lo. O protocolo de Kyoto considera o álcool uma das melhores fontes de energia alternativa.

A implantação do sistema UNIGEA poderá interferir de maneira positiva na área rural brasileira, pois viabilizará a geração de trabalho e renda nas pequenas propriedades que vivem da agricultura familiar.

Somente em Minas Gerais, milhares de pequenas propriedades estão a beira de falência, sem ter ou saber o que produzir, por motivos financeiros, climáticos, desânimo dos produtores e, principalmente, falta de informação.

A partir da implantação da tecnologia proposta, será disponibilizada uma solução para que propriedades já produtoras de cachaça possam adquirir apenas a coluna de retificação para também produzir álcool combustível.

Com seis hectares de cana, um produtor ou um grupo de pequenos agricultores, poderão produzir até 200 litros de álcool/dia, gerando emprego e renda para as famílias. Nesse sentido identificamos o desenvolvimento da referida proposta como de importância estratégica para o país, pois é preferível que muitos pequenos produtores produzam energia do que apenas alguns grandes produzam a mesma energia.

Com muitos pequenos agricultores produzindo em pequenas áreas, o meio ambiente é contemplado no sentido de barrar as monoculturas extensivas, com sua utilização massiva de agrotóxicos e adubos nitrogenados, diminuir o desmatamento em função do consumo de lenha para uso doméstico e recuperação de áreas degradadas e implementação da agropecuária orgânica pela utilização de adubos orgânicos.

Esse ciclo desencadeia a melhoria da qualidade das terras e tende a aumentar a produtividade, pois uma propriedade que produzia apenas leite e agros, poderá produzir também o álcool e adubo orgânico de forma mais eficiente e barata. Vale ressaltar também que o pequeno produtor, principalmente no norte de Minas Gerais, já está muito familiarizado com o setor de leite e cachaça sendo a retirada de leite e os equipamentos de alambique como fornalha, dorna e moenda, de seu pleno conhecimento e utilização.

A melhor tecnologia do mundo para esta evolução do país foi obtida ao longo de 30 anos, com a implantação do Proálcool, o maior e melhor programa de substituição de combustível fóssil do mundo, até hoje insuperável. Mas devemos ficar alertas, pois a tecnologia é desenvolvida dia a dia alimentada pelas pesquisas, que hoje ocorre em todo mundo, e podemos ser superados a qualquer momento.


RESULTADOS ESPERADOS


Dentre os resultados esperados com a implantação desse projeto estão:


* Melhoria no processo de produção de álcool em microdestilarias instaladas em pequenas propriedades rurais;
* Fixação do produtor rural em sua propriedade;
* Geração de renda para pequenas famílias que vivem da agricultura a partir da produção do álcool, cachaça, rapadura, melado, açúcar mascavo, adubo orgânico, biogás etc.;
* Fabricação de produtos caseiros, compotas, frutas desidratadas (calor do vaporizador), queijo etc.;
* Melhoria da sua propriedade, na recuperação de áreas degradadas com o adubo orgânico ou o biofertilizante;
* Melhoria da alimentação utilizando o adubo orgânico ou o biofertilizante em sua própria horta e consequentemente melhorando a sua saúde e de sua família.
* Melhoria da qualidade de vida do produtor, pois, adquire dignidade e segurança ao trabalhar e produzir vários produtos em sua propriedade.


O.B.S.:


* Este projeto não utiliza produtos químicos, não agride o meio ambiente, e é sustentável, pois seu ciclo é fechado aproveitando-se todos os resíduos e não gerando sobras ou desperdícios.
* O sistema básico funciona na Fazenda Jardim, a mais de 5 anos, na cidade de Mateus Leme a 75 km de Belo Horizonte.
* Suas possibilidades não se esgotam aqui, pois interage com a realidade brasileira, temos terra, clima, homem e domínio da tecnologia.
* Gera trabalho, alimento e energia, elementos fundamentais para o sustento e desenvolvimento da humanidade, mas também privilégio e responsabilidade de um país tropical como o Brasil.
* Esta é a proposta deste projeto.
* É o BRASIL crescendo de baixo para cima.
* É a nova era da BIOMASSA.



Contatos:

INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IBEIDS)

NEIMAR A. BARROSO

E-mail. projetoguardasol@gmail.com


ESCOLA DA BIOMASSA / TECNOSIGNAL LTDA

CARLOS A.R. FERRAZ

E-mail: carfer210@terra.com.br

Fone: (31) 25153622 / (31) 91590422

Comissão visita microdestilarias em Betim e Mateus Leme


MarceloGuimarães-Autodesenvolvimento-I
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Publicado em 21 /02 / 2007

O Brasil produz 15 bilhões de litros de álcool combustível por ano. Minas Gerais tem potencial para chegar a 14 bilhões, sem monocultura, sem grandes destilarias, numa atividade integrada de auto-desenvolvimento que pode aumentar a produção de leite e de carne tradicionais do Estado. Esta proposta foi apresentada e demonstrada pelo produtor rural Marcello Guimarães Mello para os deputados da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, durante visita a sua propriedade, a Fazenda Jardim, no município de Mateus Leme, na tarde desta terça-feira (21/2/06). Compareceram os deputados Padre João (PT), presidente, e Marlos Fernandes (PPS), vice-presidente, além de representantes da Secretaria da Agricultura, do INDI e da Ampaq.

Marcello Guimarães não é um simples produtor. Aos 68 anos, esse geólogo tem um currículo impressionante. Foi presidente da Acesita Energética, superintendente de florestas da Cia. Vale do Rio Doce, trabalhou em reflorestamento para o grupo Andrade Gutierrez, presidiu o órgão que deu origem à Agência Nacional do Petróleo e assessorou a Presidência da Cemig. Há 30 anos persegue um ideal: o aperfeiçoamento de um modelo integrado de produção para pequenas propriedades rurais em que os rejeitos de uma atividade sejam insumos para outras, ao qual deu o nome de autodesenvolvimento. Já publicou inúmeras obras divulgando esses princípios.

Requisitos para o autodesenvolvimento

Para otimizar e integrar a produção, Guimarães recomenda que o produtor tenha pelo menos três hectares de cana, três hectares de floresta densa de eucaliptos, com 20 mil árvores por hectare, e 50 bezerros para engorda ou vacas para a produção de leite. Precisa também comprar uma moenda, uma pequena caldeira e um alambique de cobre, ao custo de R$ 12 mil.

A cana deve ser moída inteira, com as folhas, com a moenda regulada para extrair apenas 70% da garapa. Nas águas, o teor de açúcar da cana é de 12 brix. Na seca, chega a 25. Esta é fermentada em dornas e levada ao alambique para transformação em cachaça. A cachaça que não for vendida deve ser levada à sede da cooperativa, onde deve ser instalada, ao lado do tanque de resfriamento, uma microdestilaria com coluna de destilação contínua, com capacidade de produzir 400 litros de álcool por dia. Tais equipamentos têm o custo mais elevado de R$ 60 mil. A cachaça excedente é transformada em álcool combustível, que volta à fazenda para movimentar máquinas e motores de veículos.

O bagaço da cana, ao qual é preciso acrescentar apenas 30 gramas de uréia por cabeça, torna-se ração para o gado durante a seca. O próprio vinhoto, que muitos consideram tóxico, é servido como energético ao gado. "O vinhoto tem tantos nutrientes minerais que, quando é lançado à água, favorece o crescimento das algas, que por sua vez consomem todo o oxigênio, provocando a morte dos peixes. Por isso surgiu a idéia de que é venenoso", explica o estudioso.

As colunas de destilação contínua e as caldeiras para o melhor aproveitamento da lenha foram exaustivamente aperfeiçoadas pelo inventor, que está disposto a licenciar serralherias para reproduzi-las sem cobrar royalties. "Minha intenção é disseminar a tecnologia sem custo, para que os pequenos produtores possam melhorar o desempenho de suas propriedades. Minas produz 7 bilhões de litros de leite por ano em pequenas propriedades. Meu cálculo é que, onde se produz um litro de leite, pode-se produzir também dois litros de álcool, com ganhos para ambas as atividades.

Álcool combustível ao custo de R$ 0,70

Quando os deputados questionaram se a pequena produção de álcool não encareceria o produto, Guimarães assegurou que produz álcool a um custo muito menor do que o das grandes destilarias: "No máximo a R$ 0,70 o litro", afirmou. A tecnologia da floresta densa também foi desenvolvida por ele. Além de fornecer lenha no calibre ideal para as caldeiras após dois anos de crescimento, o sistema economiza muitas capinas.

O estudioso coleciona decepções em suas tentativas de vender a idéia ao Governo Federal. "Estão encantados com a proposta do biodiesel, que se tornou prioritária para eles. A meu ver, esses investimentos em dendê, pinhão-manso e outras culturas vão acabar abandonados. O verdadeiro futuro energético para o Brasil está na cana. Tudo o que se faz com petróleo, se faz mais vantajosamente com álcool. O que é o petróleo? Carbono + hidrogênio + impurezas. O que é o álcool? Carbono + hidrogênio + oxigênio", ensina.

Para reduzir a burocracia sobre a produção e o transporte do álcool combustível, Marcelo Guimarães pesquisou a legislação e descobriu um decreto-lei de 1981, assinado pelo vice-presidente Aureliano Chaves e pelos ministros Camilo Penna, Amaury Stábile, Arnaldo Barbalho e Mário Andreazza, concedendo isenções para a venda de álcool de quem produz até 5 mil litros por dia, em forma de cooperativa e que não tenha financiamento do Pró-Alcool, e registro sumário no Instituto do Açúcar e do Álcool. "Este decreto está em vigor. Nunca foi revogado", disse ele.

Deputado quer regulamentar lei de incentivo de sua autoria

O deputado Padre João pediu a visita à Fazenda Jardim e promoveu a ida de representantes do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi-MG), da Secretaria da Agricultura e da Associação Mineira de Produtores de Aguardente de Qualidade (Ampaq), com a finalidade de oferecer subsídios ao Governo Mineiro para regulamentar a Lei 15.456/05, de sua autoria, que institui a Política Estadual de Incentivo às Microdestilarias de Álcool e Beneficiamento de Produtos Derivados da Cana-de-Açúcar.

"O método desenvolvido pelo Dr. Marcello vem de encontro ao que necessitamos para melhorar as condições de sobrevivência dos pequenos produtores rurais, não só na geração de renda, mas principalmente por ser intensiva em mão-de-obra", disse o deputado.

O deputado Marlos Fernandes aproveitou outra queixa do fazendeiro para apresentar uma solicitação à Cemig de estudos sobre a oferta de linhas trifásicas para o produtor rural. "A energia monofásica é um entrave para a modernização das propriedades", reclamou Marcello Guimarães.

Prática em assentamento mostra falta de assistência

Um exemplo prático de como o projeto de produção de álcool combustível pode funcionar de maneira insatisfatória, por falta de assistência técnica, foi testemunhado pelos deputados, numa visita realizada no mesmo dia ao assentamento Dom Orione, entre Betim e Ibirité. Numa área de 226 hectares vivem 39 famílias de agricultores desde 1997, parte delas ligadas ao Movimento dos Sem Terra (MST) e a maioria vinculada à Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).

Sete dessas famílias se engajaram num projeto de microdestilaria financiado pelo Sindieletro, o sindicato dos trabalhadores da Cemig, que investiu cerca de R$ 40 mil nos equipamentos: moenda, dornas de fermentação, caldeira, tacho e coluna de destilação contínua. Um dos assentados, Carlos Ribeiro de Oliveira, disse que eles chegaram a produzir 50 litros de álcool na fase de testes: "Quando o álcool saiu, a gente colocou no tanque de um carro, ligou e o motor funcionou", relatou Ribeiro. Além de abastecer veículos, o produtor aponta outro uso para o álcool: movimentar as bombas de irrigação.

No entanto, a coluna de destilação deve funcionar continuamente para aproveitar o calor da caldeira, e não ter a produção interrompida todos os dias, como os alambiques tradicionais que as famílias já conheciam. Sem uma orientação técnica precisa, não se plantou cana suficiente para sustentar a atividade, e as famílias utilizaram o equipamento para as atividades que já dominavam: a produção de cachaça e de rapadura.

R$ 37,5 mil em rapaduras e 4 mil litros de cachaça

Hilton Gonçalves disse que já produziram 4 mil litros de cachaça, que está sendo vendida na região por R$ 3,00 o litro, ainda sem rótulo e seu registro. Ângela Maria dos Santos acrescentou que o assentamento Dom Orione produziu e entregou, entre agosto e novembro, 150 mil pequenas rapaduras embaladas à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sob contrato, faturando R$ 37,5 mil. O dirigente da Conab que fez a encomenda, segundo ela, é o mesmo Eduardo Drumond que apoiou a iniciativa, quando presidente do Sindieletro.

Os deputados pediram aos representantes da Ampaq que avaliassem a cachaça produzida no assentamento. Raimundo Ribeiro Vieira disse que daria a nota 7, mas ressalvou que a Ampaq não aceita cachaça produzida em coluna de destilação contínua. Exige alambique de cobre, fermento de milho e barris de madeira para envelhecimento. Apesar dos evidentes problemas, o deputado Padre João elogiou a diversificação das atividades do assentamento como forma de assegurar a sobrevivência das famílias. O deputado Marlos Fernandes anunciou que vai apresentar requerimento para que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) dê assistência técnica àqueles agricultores para o plantio de cana, e para que a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), através do seu setor de Tecnologia de Alimentos, dê orientação para o pleno aproveitamento dos equipamentos de destilação.

Presenças: Deputados Padre João (PT), presidente; Marlos Fernandes (PPS), vice-presidente; Victor Soares Lopes, da Secretaria da Agricultura; Marcelo Furtado Vital, do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi-MG); Raimundo Ribeiro Vieira e Marco Antônio de Magalhães, da Associação Mineira de Aguardente de Qualidade (Ampaq).

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715

reflexão II - relatório Tuxáua: dEFICIÊNCIAS e dFORMADORES DE OPINIÃO



"As leis não bastam", pois elas não falam do amor.


Nos últimos oito anos, o mundo começa a perceber que o Brasil deixa de ser o gandula do jogo e passa a ser um dos principais articuladores do time das grandes nações. Com os passes curtos e lançamentos longos pela paz, com muitos dribles para eliminar a exclusão social, criatividade e alegria, o país verde e amarelo cria as condições para disputar a camisa 10 desse time.


O Brasil sempre foi o país das imensas riquezas naturais, da maior cobertura florestal, de variadas e abundantes jazidas minerais e quase 20% da água potável do planeta. É o quinto maior em extensão territorial e população. Faz parte dos 5% dos países em maior circulação financeira, e as previsões indicam que, até o final desta década, deverá ser a quinta economia mundial.

Por causa dessa exuberância, várias gerações ouviram e repetiram a expressão que se tornou popular por aqui de que "Deus é brasileiro". Jorge Ben Jor, com toda irreverência, cantava: "moro num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza". O mesmo argumento, contudo, foi utilizado para incutir na cabeça de uns e outros que seríamos eternamente um gigante adormecido, deitado em berço esplêndido, condenado a um futuro de glórias distante e incerto, nunca alcançável, por sermos um povinho preguiçoso, ignorante e corrupto.

Neste princípio de Século XXI, ao despertar as atenções do mundo, o país está sendo dirigido por um presidente e um vice com trajetórias de profundas deficiências, cujas escolaridades não ultrapassa a metade do ensino fundamental; sendo ambos filhos de pais pobres, e o primeiro mandatário pertence a família retirante do Nordeste. Por décadas, este que é o Presidente da República foi tachado de deficiente e incompetente, que quase nunca trabalhou na vida. Das poucas vezes que pegou no pesado, acabou acidentado, perdendo o dedo mindinho da mão esquerda, por descuido.



"A vida não é, ela está sendo" dizia Paulo Freire. O avanço do país comprova essa verdade, além de desconstruir, de forma acelerada, as idéias e valores daqueles (de)formadores de opinião, que não acreditavam (e muitos continuam não acreditando) no Brasil e no nosso povo. O mito do brasileiro preguiçoso e ignorante esvaiz-se como fino pó, ante a pujança da economia nacional, a criatividade em todos os setores e a eficácia comprovada. Superamos, assim, o complexo de macunaíma.



Não nos demos conta de que o futuro será a busca do Autodesenvolvimento?

Não é novidade que Francis Fukuyama estava errado quando disse que estávamos vivendo o Fim da História. Contudo, ainda não nos demos conta de que, possivelmente, a humanidade está vivendo o início de uma "Outra História". O novo paradigma da comunicação, motivado pelas tecnologias da digitalização e as mudanças da matriz energética mundial, estão entre as mais significativas rupturas, que possibilitarão o surgimento do comunitarismo como o modelo da vida futura.

A necessidade de ser forte localmente é uma das premissas para ser forte e ter influência globalmente. A cultura, o meio ambiente e a vida saudável, em todos os sentidos passam a entrar no cardápio, e podem virar gênero de primeira necessidade. Muita coisa tem que acontecer ainda. Mas quem garante que a guerra e a violência não possam ficar fora de moda? Que o sentimento de alteridade é que vá nos conduzir? Que cada vez mais a solidariedade vá deixando de ser apenas uma palavra dita e escrita e passe a ser uma atitude efetiva de milhões de pessoas.

O Brasil já tem a alternativa que os outros países procuram

Energia Renovável 2/6: www.youtube.com/watch?v=OzOPusidgow&feature=related
Energia Renovável 3/6 www.youtube.com/watch?v=4djePfyGiE4&feature=related

Para usar os combustíveis fósseis precisamos extraí-los. Já a biomassa, pode ser simplesmente colhida. Mas só vamos colher o que plantarmos. Trata-se muito mais uma relação de cuidar do que de explorar. Os primeiros não dão duas safras, pois são resultado de milhões de anos de transformações que geraram o petróleo, o gás e o carvão mineral. Já a biomassa, nos países tropicais, pode dar até 3 safras por ano. É o caso, por exemplo, do girassol, e outros grãos, raízes e gramíneas, como a mandioca, batata doce e cana de açúcar, que permitem a colheita antes de completar dois anos.

A indústria petrolífera é extremamente concentradora e poluidora, não gera um milhão de empregos para extração e refino. Enquanto a Escola da Biomassa surge da crítica dos pontos falhos do ProÁlcool. Entre eles “a utilização de métodos de economia de escala aplicados a um recurso natural disperso como é a biomassa, que tem o germe da deseconomia de escala. A escala gera a monocultura e concentração de produtos rejeitados e problemas de segurança alimentar”, como alertou Gilberto Felisberto Vasconcellos, em seu clássico “Biomassa: a eterna energia do futuro”. Assim, quanto mais desconcentrada, mais será produtiva.

Com 30% da área agricultável dos países tropicais, é possível plantar, colher e produzir o suficiente para substituir o consumo mundial de diesel e gasolina por biodiesel e álcool, toda a petroquímica pela alcoolquímica. Essa mudança irá gerar cerca de 240 milhões de postos de trabalho de qualidade superior aos da metalurgia, e quase um bilhão de empregos indiretos. Sendo a grande maioria na África e América do Sul.

Na mudança da matriz energética mundial, durante o século XVIII, quando passou-se a utilizar os combustíveis fósseis, era a Inglaterra que detinha tecnologia de ponta em extração e processamento do carvão mineral e os EUA, no século XX, da extração e do refino do petróleo, e do desenvolvimento da petroquímica.

Com a escassez das reservas de petróleo e a, cada vez maior, consciência dos danos ambientais que os combustíveis fósseis provocam, veremos novamente uma nova mudança da matriz energética mundial. Agora é o Brasil quem detém a tecnologia de ponta para a produção da energia da biomassa e da alcoolquímica. Durante o período de transição, a Petrobras é a empresa mais avançada do mundo em pesquisa e perfuração em águas profundas, onde se encontram as últimas grandes reservas de petróleo.

Quando a sociedade da informação supera a "Era do Play" e assume a "Era do Enter", o mundo se surpreende com os internautas brasileiros.

Apesar de grande número de brasileiros ainda não navegarem na internet, todas as pesquisas sobre o uso das redes sociais indicam que o Brasil é o país que reina nessas mídias. De forma que o país do futebol pode também ser considerado a nação das redes sociais, conforme relatório da Nielsen Online, disponível em: RedesSociais.br no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=DmRsQibIOWg

No passado, a Inglaterra e os EUA utilizaram suas riquezas naturais, conhecimento e as habilidades dos seus povos para se tornarem nações imperialistas espalhando violência, mutilações, exclusão, miséria e mortes mundo afora. Com firmeza, cada vez mais o Brasil vem mostrando que nossa vocação é pela vida. Que o diálogo é a melhor arma que a humanidade tem para resolver conflitos; que vale a pena utilizar tecnologias e descobertas cientifica como munição para a eliminação da pobreza. A cada dia que passa, mais nos credenciamos como principal ator da construção do entendimento, da sinalização dos caminhos da inclusão.

O Brasil certamente está mudado e mudará mais. A grande maioria da popuação acredita que ele melhorou, alguns acham que está menos pior, um número pequeno diz que está igual e é difícil encontrar alguém que fale que piorou.

O Brasil acaba de dar uma grande lição, comprovando que cuidar dos pobres e muito pobres não é despesa e sim investimento. Como disse o presidente Lula: “a resposta das classes C e D foi o principal instrumento que transformou a crise financeira mundial em marolinha em nosso país. Neste período, quando quase ninguém queria comprar, foram eles os maiores consumidores”. Assim como este, o Brasil pede passagem para dar outras contribuições de humanização da humanidade.

O preconceito existe em relação aos muitos pobres, sempre foi aplicado com uma intensidade incalculavelmente maior, em relação às pessoas com deficiência. A cegueira, surdês, paralisia e loucura do mundo dominado pelos “eficientes”, até hoje foi incapaz de perceber a grande contribuição que pessoas com talentos e eficiências ESPECIAIS podem nos proporcionar. Existem países que oferecem melhores condições a essas pessoas; outros, piores. Mas em qualquer parte do planeta, as pessoas com deficiência, quando são tratadas como cidadão, são cidadãos de quinta categoria.

As pessoas com deficiência visual, auditiva, física ou com transtorno mental, não entram na nossa roda, não sentam na nossa mesa de bar e nem de restaurante, não vão para o clube, praia, cinema, teatro, lual e nem saral com a gente. Também não vão para festas, futebol, carnaval, e muito menos viajam com a nossa turma. Aliás não temos amigos com essas deficiências, não temos intimidade com esse povo. Nosso convívio com eles se restringe às novelas das 8 na rede Globo.

Por mais sensíveis que sejamos, na prática, acabamos tratando-os como pessoas que não tem alma, consciência política, sensibilidade artística e capacidade de produzir. Agimos como se eles não devessem receber investimentos e muito atenção, pois só dão despesas e trabalho, não nos fazem companhia e nos roubam a solidão. Aqueles que conquistam um lugar no nosso convívio precisam ser melhores que a média dos que se acham normal, e precisam ficar muito espertos, pois só assim são tratados como iguais. Não somos nós que abrimos as portas, são eles que as arrombam.

Na maioria das atividades, inclusão se limita a duas perguntas na ficha de inscrição: É Deficiente ( ) Sim ou ( ) Não e Qual:________________ e a um tradutor de libras no palco ou telinha do telão. Na maioria das vezes não tem nenhum participante com deficiência auditiva, quase nunca encontramos publicação em Braille e muito menos facilidade de acesso para caiderantes e os que possuem com dificuldades de locomoção. Qualquer participante que sofrer algum um surto, provavelmente estará condenado ao Aldol e internação e hospícios, se tiver convênio ou clinica psiquiátrica privada.

A OMS, estima que cerca de 10% da população de qualquer país em tempo de paz é de pessoas com deficiência, os dados do IBGE, indicam cerca 15% no Brasil. Mas onde estão as mulheres com deficiência no movimento de mulheres? Onde estão os negros com deficiência no movimento negro? Onde estão os militantes com deficiência nos movimentos sindical, Sem Terra, Sem Teto, ambiental, economia solidária? Nestes, nos demais outros movimentos sociais, como também em todas outras áreas da sociedade, sejam universidades ou empresas, em quantidade eles são a exceção para confirmar a regra, e na qualidade dos cargos não chegam a gatos pingados.

Nem mesmo a igreja tem salvação. Não existem pastorais, cultos, atividades especiais para eles em nenhuma delas seja Católica, Evangélica, Espírita, Afrodescendente ou qualquer outra. A acessibilidade nos templos não vem da consciência humanitária, mas sim da fiscalização urbanística e do corpo de bombeiros.

No Estado, a calamidade não é diferente. Apesar dos atletas brasileiros estarem entre os maiores medalhistas das Paraolimpíadas, no sítio do Ministério dos Esportes aparece zero vezes zero quando fazemos uma busca com as palavras: pessoas com deficiência, deficiência física ou até mesmo Paraolimpíadas.

Apesar de ser quase impossível, é mais fácil achar foto de negros nas colunas sociais dos jornais brasileiros, de que referência às pessoas com deficiente nas publicações do valoroso IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, órgão mais progressista e atualizado do Estado brasileiro. Se o IPEIA, cujas “atividades de pesquisa são de fornecer suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro” é assim, o que podemos esperar dos demais órgãos?

Além da crueldade que estamos sendo cúmplices, estamos também deixando de desfrutar as valiosas contribuições estéticas e de comportamento que as pessoas com talentos e eficiência especiais tem para nos oferecer. Isso sem flar no prejuízo econômico por mantermos esta população fora do mercado de trabalho.

O Brasil está entrando em um momento em que será necessário contar com muita força de trabalho. Melhor do que importar milhões de chineses, é criar situações para aproveitar as potencialidades dos cerca de trinta milhões de pessoas com deficiências para ocupar parte desses postos de trabalho.

A falta de estrutura para atender as pessoas com deficiência – cerca de 15% da população, acaba limitando também a produtividade de mais de 30% da nossa população: para cada pessoa com limitação, existem no mínimo mais duas que acabam sendo afetadas devido às deficiências da sociedade para com eles.

O Brasil tem as vantagens relativas para mostrar ao mundo que investir nas pessoas com deficiência faz bem para a saúde do planeta em vários sentidos. Desafio este que podemos tirar de letra, pois a bola já está rolando a nosso favor. O caloroso povo como cenário e a Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas e Paraolimpíadas em 2016 são um grande palco. Porém não podemos nos contentar com ações só de fachada, pois assim como o manicômio não é só o de concreto, acessibilidade não se limita só no concreto a rampas de acesso.

O impossível, às vezes, também, é aquilo que não foi tentado, portanto é preciso ajudar a humanidade a acordar desse pesadelo, em que todos perdemos. É urgente iniciar ações que busquem minimizar ou até mesmo interromper sofrimentos tão desnecessários.

Em Minas Gerais, um grupo de pessoas comprometidas com mudanças efetivas, deu os primeiros passes da partida ao elaborar e aprovar, junto ao Ministério da Cultura, os projetos "Ponto de Cultura Talentos & Eficiências Especiais" e o "Pontão de Cultura da Solidariedade". Existem outros bons jogadores espalhados Brasil afora, alguns já veteranos, cheios de experiência, e outros, apesar de novos, que já comprovaram que são bons de bola. Todos eles estão cheios de garra e querendo mostrar suas capacidades, habilidades e criatividade. É preciso juntar esse pessoal, fazer alguns treinos coletivos para entrosamento e ir para o abraço. O importante é que cada competição que a gente vencer, o mundo inteiro vai ganhar.

O nosso time é empolgante e a nossa torcida, ainda pequena é suficiente para nos apoiar nas dificuldades iniciais. Nada a temer: quando o mundo assistir aos lances nunca vistos e às jogadas de solidariedade e superação que ainda não teve chance de ver, vamos conquistar mentes e corações de muita gente.

Temos um excelente cenário e palco para começarmos a preparar o terreno e ir juntando o nosso time de artistas. Não será preciso muito treino para formar uma boa equipe para começar a atuar já nos Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro em 2011, nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Londres em 2012, na Copa das Confederações, no Brasil, em 2013 e na Copa do Mundo de 2014. Em 2016, sem dúvida, o Rio de Janeiro e o Brasil sediarão, além das Olimpíadas e Paraolimpíadas, o maravilhoso e contagiante espetáculo da solidariedade.



SOLIDARIEDADE

“Sistema de Comunicação que você

PARTICIPA, APARECE e CRESCE”

Mais de 1 bilhão gritando juntos, quem vai fingir que não escutou



“Já é senso comum ouvir que, com a digitalização da comunicação, TODOS vão deitar e rolar na internet, qualquer um vai poder produzir e transmitir conteúdos.

A não ser as deficiências da sociedade, não existe nenhum impedimento para que as pessoas com limitações físicas ou mentais possam estar na rede e em rede. Quanto mais eles, que possuem talentos e eficiências especiais”.

As riquezas já demostradas e comprova, que é mais do que POSSÍVEL. Pelas deficiências da sociedade despreparada para o trato com o diferente, é mais do que NECESSÁRIO

construir um sistema de comunicação - rádio, tv e agencia de notícias - gestado e dirigido por pessoas com deficiência, para servir de canal de diálogo entre eles próprios e deles com a sociedade.É só dar um enter.

Belo Horizonte, julho de 2010.

Alencar Andrade

José Guilherme Castro

Raimundo Anisseto da Silva.

América do Sol

Todos os seres vivos dependem de energia para a manutenção de seus processos vitais, estes processos garantem a perpetuação de todas as formas de vida na Terra, a soma destes processos chama-se metabolismo. O metabolismo é o meio que os organismos vivos utilizam para transformar a energia, contida nas ligações químicas que constituem a estrutura molecular dos alimentos, em trabalho. A utilização das palavras trabalho e energia está totalmente dentro da concepção adotada pela física clássica, assim o metabolismo consiste, em última análise, na transformação de energia em trabalho. Tal descrição pode ser perfeitamente observável tomando como exemplo o próprio ser humano. Todas as atividades humanas estão relacionadas ao consumo de energia, tal energia é oriunda dos alimentos ingeridos. Os movimentos são processos de conversão de energia armazenada sob a forma molecular em trabalho mecânico, a manutenção da temperatura do corpo em torno dos 37ºC consiste na transformação de energia química em trabalho térmico, o processo de raciocínio, a digestão, a respiração, dentre outros, são todos processos ou trabalhos que demandam grandes quantidades de energia. Entretanto o ser humano é o único ser vivo que necessita de mais energia do que aquela necessária à manutenção de seus processos fisiológicos, isto advém de seu poder transformador sobre o meio em que vive. Transformar consiste em produzir trabalho e trabalho requer energia. A partir do momento em que os seres humanos começaram a exercer a capacidade de transformar o meio em que vivem, iniciou-se uma demanda adicional por energia, muito além daquela necessária à manutenção de seu próprio metabolismo. Suprir tal demanda é hoje um dos objetivos das comunidades modernas. Atualmente os processos de transformação utilizados estão passando por profundas análises no que se refere às reais quantidades de energia necessárias para o desenvolvimento de um determinado processo, tais análises visam identificar os fatores que demandam energia, mas que não são necessários ao resultado final. O constante estudo analítico em relação a composição energética envolvida em cada processo de produção deve ser um procedimento constante. O rendimento de cada uma das etapas que constituem um processo de produção qualquer deve ser analisado e otimizado. A otimização de processos de produção tem por objetivo racionalizar a energia demandada por tais processos. Hoje o projeto e implantação de um determinado sistema, deve incluir a quantificação de todas as parcelas de perdas que necessariamente criarão demandas adicionais de energia. Tais parcelas de energia serão chamadas aqui de energia agregada, ou seja a energia agregada é toda a energia que pode ser subtraída do processo produtivo ou sistema sem alterar as características operacionais do mesmo e nem o seu resultado ou produto final.
Energia solar:
Toda a energia utilizável na terra tem ou já teve sua origem no espaço, mais precisamente no sol, desta forma é possível garantir que todas as formas de energia disponíveis na terra são de origem solar, exceto a energia oriunda por meio de processos que envolvam a alteração de núcleos atômicos ou seja, a energia de origem nuclear. Os combustíveis fósseis constituem-se em reservas de energia solar armazenada sob a forma de reações químicas que são constituídas de longas cadeias denominadas de hidrocarbonetos.
As formações de correntes atmosféricas, em função dos movimentos de rotação da terra, só são possíveis porque a energia solar incidentes sobre a terra é suficiente para manter a atmosfera em estado gasoso.
Uma usina hidrelétrica converte em última análise, energia solar em energia elétrica, pois a energia necessária para fazer com que a água represada apresente energia potencial gravitacional para a queda, foi gerada pelo sol que fez com que fosse produzido vapor que uma vez condensado produziu chuva, levando a água até um ponto mais alto, de onde possa ocorrer a transformação de energia potencial em energia cinética durante a queda. Assim, toda a água da represa de uma usina hidrelétrica, foi transportada até lá por meio de energia solar. Uma usina termelétrica que utiliza carvão como combustível, também converte energia solar em energia elétrica, pois utiliza a energia contida nas ligações moleculares do carvão, ligações estas que foram formadas utilizando a energia oriunda do sol que, por meio da fotossintese, gerou a produção de açucares e outros compostos para serem armazenados nos vegetais. Tais moléculas de açucares (carboidratos) contidas nos vegetais podem ser ingeridas pelos animais que as transformam em energia utilizável para a sobrevivência ou continuam armazenado na forma de lipídios, glicose e outros compostos que constituem os seres vivos. O petróleo e o carvão mineral é o resultado do processamento (fossilização) da matéria orgânica que um dia foi constituída ou "montada" em função da presença de energia solar através da fotossintese. Uma análise em toda a cadeia alimentar coloca a energia solar como propulsora do processamento da matéria viva encontrada na terra. Pode-se afirmar que no momento a única forma de energia conhecida que pode ser produzida na terra e que não tem origem no sol é a energia nuclear.
Fusão nuclear:
A energia termonuclear é obtida durante processamento dos núcleos dos átomos tal processamento (fissão ou fusão) assim como as importantes quantidades de energia liberadas durante uma reação nuclear, tem sua origem na própria formação do universo, sob este aspecto vale a pena colocar que a energia produzida pelo sol também advém de combustível nuclear, pois no sol ocorre a constante transformação de átomos de Hidrogênio em Hélio em um processo contínuo de fusão nuclear. Tal reação tem como resultado a liberação de energia nas mais variadas formas ou comprimentos de onda. As estrelas, como o nosso sol, são os principais processadores de material cósmico. Ao final de sua vida útil as estrelas produzem vários elementos químicos, como o Ferro, dentre outros. O ferro, por exemplo, que compõe a hemoglobina presente em nosso sangue foi formado, no passado, no interior de uma estrela.
A energia produzida pelo sol pode ser repetida em pequenas escala, através de sistemas ou bombas onde ocorre a fusão do combustível que é o hidrogênio ou isótopos dele como o deutério e o trítio. Em linhas gerais, nas bombas de hidrogênio, uma pequena bomba de fissão age como espoleta e, logo após a reação em cadeia do hidrogênio se inicia tendo como resultado a produção de energia sob várias formas (eletromagnética, mecânica, térmica). A quantidade de energia produzida pela fusão nuclear é extremamente grande se comparada a fissão nuclear. A utilização da fusão nuclear em reatores para a geração controlada da energia, encontra dois obstáculos básicos atualmente que não estimulam a sua utilização, o primeiro é gerar a energia de ignição necessária que é cerca de 50.000.000º Celcius caso se viesse a utilizar o deutério como combustível. O segundo fator é manter a fusão sob controle haja vista, as altas temperaturas geradas. Neste caso o problema reside então, em produzir materiais resistentes que suportem de forma constante as altas temperaturas produzidas. Estudos com plasma vem mostrando resultados interessantes, tais experimentos consistem basicamente em revestir local onde a reação ocorre (o reator) internamente com material em estado de plasma, este parece conter a reação por intervalos de tempo satisfatórios e muito promissores sob aspecto operacional.
Fissão nuclear:
Fissão. Já há muitos anos a energia nuclear obtida por processo de fissão vem se mostrando como uma alternativa muito atraente e muito viável tanto em aspectos técnicos quanto econômicos no que se refere a solucionar os problemas relativos ao aumento da demanda por energia. De fato o balanço energético final relacionado com a utilização de fissão nuclear é muito satisfatório pois com uma pequena porção de combustível físsil é possível gerar quantidades enormes de energia por vários anos então, terminado o potencial de fissão do combustível, o mesmo é trocado e o reator pode voltar a funcionar novamente. Um outro aspecto que torna a energia obtida por processo de fissão nuclear muito atraente é que a comunidade técnica já adquiriu experiência na tecnologia relacionada a operacionalização e utilização do processo. Para que seja possível formar uma idéia da capacidade energética relacionada aos processos de fissão nuclear, é conveniente comparar o urânio físsil com o carvão combustível. Ambos utilizados em usinas de geração elétrica que utilizam a energia térmica como processo intermediário, ou usinas termelétricas. Assim 1kg de urânio após completado todo o processo de fissão dos núcleos de seus átomos, produz cerca de 75 x 1012 Joules de energia, a mesma quantidade de carvão , é capaz de produzir aproximadamente 4 x 10 7 Joules de energia. A proporção é extremamente desfavorável em relação ao processamento do carvão, ou seja, se consideradas quantidades iguais, o processo de fissão dos núcleos dos átomos de urânio é capaz de produzir aproximadamente 1.900.000 vezes mais energia do que o carvão, de fato é uma relação extremamente atraente, mesmo considerando os custos do urânio beneficiado e ainda todos os custos operacionais envolvidos no processo termonuclear de geração elétrica. Entretanto é necessário enfatizar, conforme já colocado, que a geração de energia elétrica em ambos os casos, tanto no processo que utiliza o urânio como combustível quanto no que utiliza o carvão constituem-se em processos termelétricos, ou seja, a energia cinética fornecida ao gerador advém da produção de vapor de água sob altas pressões, tal vapor faz girar uma turbina que é mecanicamente conectada ao eixo de um gerador elétrico. Todo sistema que utiliza processos de geração envolvendo intermediariamente a produção de calor acarreta redução de rendimento do mesmo. Assim o processo de geração termelétrica a partir de combustível físsil ou a partir da queima de carvão, apresenta potencialmente valores semelhantes de perdas, porém as perdas térmicas em um reator nuclear podem ser ignoradas frente ao potencial de geração do urânio comparado ao do carvão. Isto contribui mais ainda para a utilização de reatores nucleares. Mas os problemas e desvantagens relacionados ao processo de geração de energia a partir da fissão consiste, dentre outros, nos níveis de segurança com relação a vazamentos nos reatores, haja vista a fragilidade que potencialmente a maioria dos materiais utilizados como blindagem apresentam frente aos elevados níveis energéticos alcançados no núcleo de um reator. A princípio não há problemas quando a fissão dos núcleos está sob controle, embora hajam ações judiciais em todo o mundo que defendem a posição de que há o aumento da incidência de certos tipos de câncer e leucemia em populações residentes próximas a centrais termo nucleares. Entretanto o real, incontestável e virtualmente irremediável fato ocorre quando por qualquer motivo, normalmente um erro operacional, o controle do processo de fissão dos núcleos vem a ser perdido. Um dos exemplos mais recentes foi o acidente ocorrido no reator da usina nuclear de Chernobill na União Soviética em 1989. Lá os efeitos da radiação estarão presentes nos arredores do local do reator (chamado edifício do reator) pelos próximos 10 mil anos, em termos comparativos é possível tomar como exemplo o fato de que as pirâmides do Egito tem em média 5 mil anos de idade. O problema ocorrido, foi a perda de controle da reação. Um dos mecanismo de controle utilizados em reatores, se dá por meio de bastões de grafite que são inseridos ou retirados do núcleo do reator, tais bastões tem por função controlar a quantidade de partículas (nêutrons) que irão bombardear outros núcleos e assim sucessivamente constituindo o que se conhece por reação em cadeia. Os bastões são de grafite porque tal material consegue absorver os nêutrons em excesso, controlando a quantidade dos mesmos que irão bombardear os demais núcleos de urânio. Quando o mecanismo que aciona tais bastões de controle vem a falhar, a reação em cadeia não encontra barreiras de controle ou seja, não há como controlar a quantidade de nêutrons disponíveis para atingirem outros núcleos de urânio, então o reator se transforma em algo semelhante a uma bomba de fissão nuclear onde os núcleos de todos os átomos tendem a ser processados em frações de segundos, tal fato libera todo o potencial energético existente no combustível contido no reator em curtos espaços de tempo, gerando todos os efeitos conhecidos, inclusive a fusão do prédio que guarda o reator, expondo uma série de partículas ao meio ambiente. De fato os conceitos muito são especiais, pois se tratando de geração de energia por processos de fissão nuclear, a segurança é fator principal sempre, inclusive os aspectos econômicos ficam ou "devem" ficar em segundo plano, esta é uma regra básica ou seja, primeiro a segurança e depois qualquer outro aspecto relativo ao processo produtivo, mesmo assim os acidentes são potenciais e infelizmente ocorrem. Como a maior parte dos problemas se dá nos sistemas de controle, estes são projetados com elevado grau de redundância, procedimento essencial para a operação razoavelmente segura dos reatores. Deve ficar claro que os riscos de vazamentos de radioatividade e de acidentes como os de Chernobill nunca estarão totalmente afastados, isto fica evidente simplesmente pela análise da modalidade do combustível utilizado na geração e do potencial de energia envolvido. Energia nuclear, deve ser um assunto comum em todos os níveis da sociedade, envolvendo, cientístas, políticos e toda a sociedade sem diferenciação. Pois, diante de um problema como o de Chernobill e tantos outros, todas as pessoas sem diferença de classe social ou hierarquia são, genticamente afetadas. Geração de energia por processos que envolvam processos nucleares é, em primeira instância, um assunto de cidadania.
O outro problema que deve ser abordado por toda a sociedade é o dos resíduos gerados pelos reatores, também conhecidos por lixo nuclear, tais resíduos apresentam meia vida longa isto é, continuam produzindo emissões radioativas por longos períodos de tempo. A questão relacionada ao armazenamento do subproduto dos reatores de fissão não consiste somente no fato das emissões que geram ou ainda na construção de locais "seguros" para armazenagem, mas também no fato de que é necessário ponderar se é justo transferir compulsoriamente a responsabilidade de seu armazenamento para as gerações vindouras, gerações estas que certamente questionarão nossos procedimentos em relação aos subprodutos da matriz geradora de energia adotada atualmente.
Centrais de geração nuclear e o aumento de incidência de casos de leucemia infantil.
A leucemia é uma desordem que atinge as células que produzem as células do sangue decorrente de alterações ou falhas na replicação de determinados gens e, a exposição de crianças (e de mães em período pré natal) a radiações ionizantes, tem sido apontada como causa comum para o aparecimento de leucemia em crianças devido à conhecida sensibilidade que tais gens tem a radiação ionizante. De fato, a leucemia é o tipo de cancer mais comum em crianças e a sua ocorrência vem crescendo a anualmente. Os casos de leucemia em crianças que residem perto de instalações de geração termonucleares por fissão nuclear, tem sido foco de diversos estudos científicos e estatísticos que relacionam tais usinas a um incremento no número de casos, principalmente em função dos níveis de radiação presentes nas vizinhanças de tais instalações muitas vezes deceorrentes por falhas nos procedimentos operacionais. Assim mesmo pelo aspecto de saúde pública, parece importante desestimular a construção de novas centrais termonucleares e, na medida do possível, desativar as centrais de geração ainda existentes. Diversas outras alterações genéticas parecem estar ligadas a exposição a substâncias que apresentam importantes nívels de emissão de radiação inonizante. Desde o acidente na usina de Chernobill, conforme explicado acima, diversas crianças tem apresentado alterações genéticas em níveis bastante preocupantes. Mas aqui deve ser feita uma consideração: No caso de Chernobill muitas partículas foram lançadas ao meio ambiente em função do vazamento. Os casos de leucemia, entretanto parecem guardar estreita relação com o funcionamento normal dos reatores, sem estes apresentarem vazamentos. O que parece muito mais preocupante sob aspecto de saúde pública.
Considerações finais:
Ponderar sobre novas formas, ou formas alternativas de gerar energia deve ser uma preocupação constante de toda sociedade, devendo se tornar em um assunto dinâmico e que gere constante discussões em todos os âmbitos da sociedade. Tal assunto de fato, não deve fazer parte somente da rotina de técnicos e cientistas, todos os cidadãos devem participar, opinar e finalmente optar, talvez a tarefa dos técnicos seja somente a de operacionalizar novas idéias resultantes de novos posicionamentos sociais baseados nos modernos conceitos de cidadania. Desta forma deve ser considerado que, gerar energia utilizando fontes realmente alternativas, consiste em uma proposta que deve ser seriamente levada em consideração por todos os países, especialmente aqueles subdesenvolvidos ou que possuem algum projeto consistente de desenvolvimento econômico e social.
A demanda crescente por energia aliada a dificuldade para supri-la deve levar as comunidades a buscarem suas formas alternativas de composição das suas matrizes energéticas. Os sistema híbridos de energia constituem-se na proposta inicial para locais servidos por energia elétrica convencional, aliados a coletores térmicos para aquecimento somente da água e sistemas eólicos para geração de energia elétrica adicional, todos juntos constituem-se em sistemas integrados caracterizando uma proposta interessante sob aspectos econômicos, contribuindo para a penetração crescente dos sistemas alternativos, na composição da matriz energética de uma determinada comunidade, região ou país. No momento os sistemas híbridos apresentam potencial para suprir residências e outras instalações sem a necessidade de conexão a sistemas de energia convencionais.
A energia obtida por meios alternatívos assumirá um papel de extrema importância na matriz energética mundial, constituindo-se em uma forma silenciosa, limpa e que utiliza poucos recursos. A energia eólica e solar, por exemplo, pode e deve ser produzida no mesmo local onde é consumida, gerando independência energética a quem a adota como forma de geração. Gerar e consumir a própria energia constitui-se em uma filosofia nova que trará melhorias na relação entre o ser humano e os recursos disponíveis, tal procedimento racionalizará as perspectivas relativas ao real custo da energia, não somente o custo econômico, mas também o custo relacionado aos recursos naturais envolvidos na sua produção, neste caso, a educação energética trará o equilíbrio adequado entre a produção e o consumo. O exemplo das grandes centrais de geração de energia hidrelétrica vem provando que a descentralização das centrais de geração acarreta um rendimento maior a um sistema elétrico qualquer, de fato já é sabido que o aproveitamento de um potencial hídrico qualquer é melhorado quando são construídas pequenas unidades de geração hidrelétricas ao invés de uma extremamente grande. Assim, conseguir sistemas muito mais autônomos no que diz respeito a geração, deverá ajudar a equilibrar ainda mais o processo de produção e consumo de energia elétrica.
A utilização da energia solar e eólica em residências parece o primeiro passo para a autonomia energética individual e para a formação desta nova perspectíva energética em escala mundial, só a gerência na geração de energia pode mostrar a cada indivíduo o quanto é importante racionalizar o seu consumo, mostrando o quanto é importante racionalizar cada kWh consumido. A descentralização de sistemas de geração pode levar, em alguns casos, ao desaparecimento dos meios de transmissão atuais, pois se a energia é gerada e consumida localmente, não será necessário transmiti-la a longas distâncias. Tal procedimento reduz as perdas de transmissão a valores extremamente pequenos. As perdas em sistemas de transmissão são quantidades de energia que devem ser geradas somente para o suprimento de tais perdas.
Referências:
*Resnick Robert. Introduction to Special Relativity 1971.
*Alan Isaacs and Valerie Pitt. Physics 1972,
*Leukemia in the proximity of a German boiling-water nuclear reactor: evidence of population exposure by chromosome studies and environmental radioactivity. Environmental Health Perspectives 1997; Schmitz-Feuerhake I, Dannheim B, Heimers A, Oberheitmann B, Schroder H, Ziggel H.

URL:: http://www.energiasrenovaveis.com/

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Comentários


Energia Nuclear e o aquecimento global
Pietro Paolo Sardelli 27/06/2007 00:45
ppcb@ajato.com.br

O artigo expõe que várias fontes energéticas têm como origem a energia do sol.

Uma maneira de interpretar as fontes é a seguinte:
Fontes Anti-aquecimento global = aquelas que utilizam a energia fornecida pelo sol recentemente. Exemplo: Energia solar, eólica, hidrelétricas, biocombustíveis (álcool e óleo vegetal, madeira e fibras vegetais)
Fontes Pró-aquecimento global = todas aquelas em que se libera energia que encontra-se presa em ligações
químicas e que assim continuaria se não fosse a intervenção humana. Exemplos : Combustíveis fósseis, Gás natural,
Fontes Ultra-pró-aquecimento = são aquelas em que se transforma máteria em energia (energia nuclear) e que podem até transformar nosso planeta em uma massa de material fundido.

Fazendo um estudo termodinâmico do planeta em relação ao tempo verifica-se que antes da era industrial, o calor recebido diariamente pelo planeta correspondia somente ao fornecido pelo sol.

Posteriormente com queima de carvão e petróleo fósseis passou-se a fornecer ao planeta uma dose extra diária de calor. Essa dose fôra fornecida pelo sol num passado remoto e armazenada nos fósseis.

Logo então veio a energia atômica! Muitos testes de bombas, transformando matéria em energia. Usinas nucleares trabalhando continuamente. E mais doses diárias de energia fornecidas ao planeta azul.

Olhando o planeta lá de fora, será que está mais brilhante ? Em outras palavras, a energia a mais que está sendo fornecida a ele está saindo dele ou está contribuindo para seu aquecimento?

Será que este raciocínio é excessivamente simplista e a energia gerada pelos meios nucleares não é tão perigosa ?

Ainda que não seja, o custo em termos de poluição parece ser impagável.

Recentemente doeu-me o estômago ao verificar posicionamentos de que a energia nuclear seria mais adequada contra o aquecimento global do que a energia hidrelétrica por exemplo, pois esta última é reponsável por gerar gases em grandes represas.

Temos ainda a energia das marés, relacionada à gravitação; a energia das ondas, a energia geo-térmica. Porque optar pelo pior ?
Geração de energia elétrica e sistemas alternativos
Por o mundo precisa de energia 23/09/2003 às 22:26

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Fonte: Centro de Mídia Independente